sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um clima sócio-ambiental paira no ar

Este blog está sempre antenado com as novidades no mundo da ecologia enquanto ciência e também no ramo da sustentabilidade, sua principal ferramenta de atuação na sociedade. Recebi este anúncio e devido a algumas características interessantes não pude deixar de postá-lo. Trata-se de um processo seletivo de uma empresa que busca selecionar pessoas, questionadoras dotadas de valores e dispostas a quebrar paradigmas. Características que todo bom gestor ambiental deveria ter. Uma das grandes sacadas é que tanto a empresa contratante quanto o cargo a ser ocupado são mantidos em segredo durante as fases de seleção.


Você pode entender melhor do que eu estou dizendo e se cadastrar no programa visitando o site http://www.proximoslideres.com.br/

Bom de duas uma, ou trata-se de uma mega corporação poluidora dando um inteligentíssimo golpe publicitário ou realmente estamos vendo nascer uma nova postura das empresas frente ao mercado. Acredito que a segunda alternativa seja mais provável.

Renato Romero

domingo, 23 de agosto de 2009

EDUCAÇÃO AMBIENTAL INFANTIL

Durante as próximas semanas veremos aqui artigos que foram escritos e editados em uma parceira que tem tudo para dar muito certo. Alunos do curso de gestão ambiental da Universidade Paulista - UNIP exercitando o uso da mídia verde, expondo suas idéias e conscientizando o mundo.Não é novidade que hoje o mundo se encontra diante de um caos ambiental. E apontar o ser humano como um dos principais causadores desse atual quadro não é nenhuma revelação homérica. Mas como agir na tentativa de reverter tal situação? Atuar na educação, setor que é base do desenvolvimento da humanidade, pode ser uma alternativa. Partindo desse ideal torna-se pertinente a utilização da Educação Ambiental como uma ferramenta.
A Educação Infantil é base da formação dos futuros cidadãos, assim, ao mostrar às crianças a importância do meio ambiente e como este depende de nossas ações, adultos melhores para o planeta poderiam ser formados. Nessa faixa etária, a curiosidade e a vontade de ensinar o que foi aprendido é algo natural. Dessa maneira, estimuladas corretamente, essas crianças podem ser responsáveis por uma grande mudança e difusão dos conhecimentos e percepção ambientais.
Várias ações podem ser realizadas com esses objetivos em mente. Uma atividade interessante que pode ser feita em sala de aula (com crianças a partir de 5 anos) diz respeito ao desperdício de água. Escolha dois alunos para escovar os dentes utilizando torneiras da escola. Em baixo de cada torneira coloque um balde vazio. As crianças devem escovar os dentes por 2 minutos, porém uma escovará com a torneira aberta e outra utilizará uma caneca com água. Após o fim da escovação, os alunos da sala podem auxiliar a contar o número de canecas de água que cada um utilizará. Ao fim desta experiência eles serão capazes de notar a quantidade de água que é desperdiçada quando abrimos a torneira sem necessidade. Completa-se a aula com discussões sobre qual a origem e o destino da água desperdiçada. Dessa forma, eles poderão criar hipóteses e tentarão responde-las. Um aspecto interessante é que mesmo passado alguns meses eles ainda são capazes de lembrar como uma caneca pode fazer a diferença.
Essa é uma pequena amostra do que pode ser trabalhado com as crianças. E fica para nós – educadores, pais, ou futuros pais o desafio de orientá-las para que seu crescimento intelectual forme no futuro um adulto que seja consciente sobre o meio ambiente. Pois uma coisa é certa, o resultado é extremamente gratificante!
Texto: Patricia Zazeri Leite
Edição: Renato Romero

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Quebra de monopólio

Tal qual o comercio a ciência também é algumas vezes tratada como mercadoria. Nestes casos, torna-se extremamente difícil o trabalho com espécies, lugares ou mesmo interações que tenham dono. Na contra mão deste processo alguns pesquisadores enfrentam as dificuldades impostas pelo sistema e tentam desenvolver suas pesquisas de forma seria e independente. É com grande satisfação que encaminho (click aqui) um trabalho que tive a oportunidade e o prazer de ajudar a desenvolver. Além de trazer importantes informações sobre a biologia das tartarugas marinhas de quebra também mostra que é possível desenvolver trabalhos locais com qualidade científica e conservacionista.

O trabalho traz uma descrição sobre o comportamento de nidificação de tartarugas marinhas no litoral sul da Bahia. A região passa por um intenso processo de descaracterização das linhas de praia, por conta principalmente da exploração imobiliária. Apesar da baixa ocorrência de desovas, o numero de ninhadas é freqüente ao longo dos anos e compõe provavelmente uma importante fonte de variação genética populacional, contribuindo dessa forma com a saúde demográfica de espécies ameaçadas de extinção.

O trabalho contou ainda com o um programa de educação ambiental, com os pescadores e crianças e turistas na região. Foram registrados também os encalhes de tartarugas marinhas na área de estudo e relatórios sobre todas as atividades foram enviadas aos referidos Órgãos de controle ambiental.

O trabalho também pode ser visto aqui

Abaixo algumas fotos das temporadas de trabalho,

Praia do Pompilho, rastros na areia, estacas de marcação nos ninhos