quinta-feira, 23 de outubro de 2008

The story of stuff !


Olá, pessoal uma das propostas deste blog também é divulgar vídeos que envolvam uma contextualização ambiental, política, científica e social.
Neste vídeo vocês podem conferir uma iniciativa sensacionalmente didática que engloba todos estes temas, ele nos mostra o funcionamento da nossa sociedade através da história das coisas. Abaixo vocês terão acesso ao vídeo na integra com duas versões disponíveis. A princípio ele parece longo, mas quando começarem a assistir, entenderam que já resumiram muito a história.
É uma ótima ferramenta para usar em aulas. Espero que gostem!



Versão legendada: http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&ei=gvABSaGMLoWiqgLH89jjAw&q=the+story+of+stuff+portugues


Versão dublada: http://video.google.com/videoplay?docid=-7568664880564855303&ei=zfABSYy8ApKYrQL2waz7Dw&q=the+story+of+stuff+dublado


Ótimas reflexões a todos....

domingo, 19 de outubro de 2008

O melhor negócio do mundo!

Há algum tempo atrás escrevi aqui neste blog sobre o segundo melhor negócio do mundo, que na minha opinião era grilar terras e vender madeira na Amazônia. Naquela época esperava inspiração para escrever sobre o melhor negócio do mundo que teria algo a ver com o comércio do petróleo. Hoje conversando com amigos do setor financeiro, percebi como fui ingênuo em dar tanta trela aos personagens da trama e não ao roteiro por trás dela. O melhor negócio do mundo com certeza é a economia financeira e o setor bancário.
Isto porque este setor não trabalha na geração de renda através de uma economia real, aquela palpável, que envolve o cotidiano de pessoas comuns. O setor financeiro cria dinheiro através da especulação e da venda do próprio dinheiro, aumentando exponencialmente o lucro dessa forma. Embora o termo seja batido, tudo funciona como um grande cassino, mediado por interesses pessoais e portanto regrado pelo dilema do prisioneiro (prometo um post sobre este fenômeno em breve).
Seguindo as regras do jogo, não existe problema algum em agir dessa forma, é até esperado que façamos isso, cada um investe ou gasta “seu dinheiro” da forma que bem entende, essa é a essência do liberalismo, que não por coincidência também é a essência do nosso individualismo genético. Na natureza as coisas também ocorrem de forma semelhante, cada indivíduo gasta sua energia no que acredita ser mais favorável a sua sobrevivência e reprodução e o processo é mediado por seleção natural.
Durante esta crise financeira, com certeza Adam Smith tem se revirado no caixão, seus conceitos de mão invisível e da livre escolha dos indivíduos (sejam eles pessoas físicas ou jurídicas) sem intereferência estatal, foram por água a baixo. Os governos em socorro aos investidores inescrupulosos, resolveram pagar a conta dos loucos e ficar com prêmio dos trouxas. Dessa forma eles impediram que a seleção natural atuasse no controle de bons investidores, reduzindo os níveis de especulação a números palpáveis e próximos dos números reais da economia.
É como se Deus resolvesse dar uma forcinha para alguma espécie capenga, em risco de extinção, por exemplo.
Claro que não é a primeira vez que isso acontece, já tivemos várias crises como esta, mas a insistência em conduzir o problema desta forma só faz aumentar as chances de novas ocorrências e novas bolhas.
Quando os governos resolveram pagar a dívida dos bancos que estavam quebrados, eles mais uma vez condenaram a economia a este interminável ciclo vicioso.
Mas afinal o que isto tem a ver com conservação da natureza você deve estar se perguntando.
E eu direi, TUDO, pois são as relações econômicas que ditam as regras de funcionamento da sociedade, a exploração e comércio de recursos naturais, e não o contrário como sempre imaginei.
Sem uma economia equilibrada fica muito mais difícil investir em idéias novas, como as de sustentabilidade. Os investimentos se canalizam principalmente para áreas tradicionalmente rentáveis como Petróleo, Armas e Alimentos.
É isso... tem até quem diga que tudo é coordenado para sempre ser assim, para manter o “statu quo” de alguns bons investidores, que sempre mandaram na economia. Mas como eu e provavelmente você, não fazemos parte deste time, só nos resta especular sobre o futuro.